quarta-feira, maio 30, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
chamava-se Choffat
Como não tinha uma BIC para rabiscar os seus sonhos, ficou sem BI para apresentar ao seu futuro.
segunda-feira, maio 28, 2007
domingo, maio 27, 2007
Há a mulher que me ama e eu não amo.
Há as mulheres que me acamam e eu acamo.
Há a mulher que eu amo e não me ama nem acama.
Ah essa mulher!
Tu eras mais feliz, Apollinaire.
montado num obus, voavas à mulher.
Tu foste mais feliz, meu artilheiro.
tiveste amor e guerra.
Eu andei pra marinheiro,
mas pus óculos e fiquei em terra.
Upa garupa na mulher que me acama,
que a outra é contigo, coração que bem queres
sofrer pelas mulheres...
Há as mulheres que me acamam e eu acamo.
Há a mulher que eu amo e não me ama nem acama.
Ah essa mulher!
Tu eras mais feliz, Apollinaire.
montado num obus, voavas à mulher.
Tu foste mais feliz, meu artilheiro.
tiveste amor e guerra.
Eu andei pra marinheiro,
mas pus óculos e fiquei em terra.
Upa garupa na mulher que me acama,
que a outra é contigo, coração que bem queres
sofrer pelas mulheres...
Alexandre O'Neill
terça-feira, maio 22, 2007
Francisca Moreira no FeitoConceito
a menina da máquina das cores
(fotógrafa preferida)
tem, finalmente,
as suas cores expostas no FeitoIConceito
e até sua alteza fotogenia aparece para conquistar
alguns dos participantes:
sexta-feira, maio 18, 2007
quarta-feira, maio 16, 2007
segunda-feira, maio 14, 2007
V ENCONTROS INTERNACIONAIS DE JAZZ DE COIMBRA
Evan Parker
31 de Maio a 2 de Junho, no TAGV
Dia 31, 21h45
BALDO MARTÍNEZ GRUPO
Baldo Martínez, contrabaixo
António Bravo, guitarra
David Herrington, trompeta
Eduardo Ortega, violino
Pedro López, bateria
1 Junho, 21h45
CARLOS BICA BELIEVER
Carlos Bica, contrabaixo
Jim Black, bateria
Frank Möbus, guitarra
2 Junho, 21h45
EVAN PARKER Trio - Lançamento de novo CD
Evan Parker, soprano e tenor saxofone
John Edwards, contrabaixo
Chris Corsano, bateria
sexta-feira, maio 11, 2007
domingo, maio 06, 2007
Bolero do coronel sensível que fez amor em Monsanto
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
António Lobo Antunes