O joão miguel quer qualquer coisa para os sapatos O joão miguel agora quer falar para o porto só para ouvir talvez a voz da margarida O joão miguel quer-me cá a mim parecer não saber bem ao certo já aquilo que quer O joão miguel procura porventura gestos para as mãos quando procura cada coisa que procura O joão miguel ao certo nem sequer sabe se quer as variadas coisas que instantaneamente quer O joão miguel leitor talvez assíduo do cesário tantas vezes brandido para disfarçar haver-se lido o nobre está hoje frenético talvez como se nunca o houvesse lido ou há muito o tivesse mais do que esquecido talvez o joão miguel só saiba bem pensar mas a sociedade que lhe paga pra que ele pense não vê possivelmente com bons olhos que ele pense O joão miguel agora quase se pendura do que o nemésio na televisão nos diz e o nemésio é certo goza como um preto pois sobre o cristo que decerto gostaria que falasse fala do neolítico ou de coisas como o começo do comercio entre as nações O joão miguel agora fala fala diz rediz que a anne é neta dos imperadores da prússia (suspeito que o poeta meu amigo seja criptomonárquico e se não tiro a questão a limpo é para não estragar tão promissora Carreira literária não há muito começada) O joão miguel reparo come com a esquerda por isso come bem come diferente enquanto à minha frente na televisão a confidente se propõe estreitar ainda mais os laços da mais pura amizade com cada cliente O joão miguel pergunta-me se quero um ovo e o henrique mendes quando diz que vai falar de paz fala da guerra e do martírio de um povo distante mas presente em cada coração que sente que só vive quem é livre e enfrenta a morte de cabeça erguida O joão miguel é por momentos kilperic herói agora em voga na televisão e se o deixa de ser é para me perguntar se conheço algum livro escrito em português sobre os antecessores de buda na europa O joão miguel encontra finalmente a graxa e assim finda o poema escrito no invólucro da caixa onde levo os sapatos acabados de comprar
do segundo volume do terceiro que me faltava o primeiro.
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O joão miguel quer qualquer coisa para os sapatos
O joão miguel agora quer falar para o porto
só para ouvir talvez a voz da margarida
O joão miguel quer-me cá a mim parecer
não saber bem ao certo já aquilo que quer
O joão miguel procura porventura gestos para as mãos
quando procura cada coisa que procura
O joão miguel ao certo nem sequer sabe se quer
as variadas coisas que instantaneamente quer
O joão miguel leitor talvez assíduo do cesário
tantas vezes brandido para disfarçar haver-se lido o nobre
está hoje frenético talvez como se nunca o houvesse lido
ou há muito o tivesse mais do que esquecido
talvez o joão miguel só saiba bem pensar
mas a sociedade que lhe paga pra que ele pense
não vê possivelmente com bons olhos que ele pense
O joão miguel agora quase se pendura
do que o nemésio na televisão nos diz
e o nemésio é certo goza como um preto
pois sobre o cristo que decerto gostaria que falasse
fala do neolítico ou de coisas
como o começo do comercio entre as nações
O joão miguel agora fala fala diz rediz
que a anne é neta dos imperadores da prússia
(suspeito que o poeta meu amigo
seja criptomonárquico e se não
tiro a questão a limpo é para não estragar tão promissora
Carreira literária não há muito começada)
O joão miguel reparo come com a esquerda
por isso come bem come diferente
enquanto à minha frente na televisão
a confidente se propõe estreitar ainda mais os laços
da mais pura amizade com cada cliente
O joão miguel pergunta-me se quero um ovo
e o henrique mendes quando diz que vai falar de paz
fala da guerra e do martírio de um povo distante mas presente
em cada coração que sente que só vive quem é livre
e enfrenta a morte de cabeça erguida
O joão miguel é por momentos kilperic
herói agora em voga na televisão
e se o deixa de ser é para me perguntar
se conheço algum livro escrito em português
sobre os antecessores de buda na europa
O joão miguel encontra finalmente a graxa
e assim finda o poema escrito no invólucro da caixa
onde levo os sapatos acabados de comprar
do segundo volume do terceiro que me faltava o primeiro.
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