A Banalização do termo “FESTA”
É usual hoje em dia, utilizarem o termo “festa” para tudo e mais alguma coisa. Usam-no para definir a comemoração de um aniversário, uma celebração litúrgica ou até uma promoção de bebidas brancas num snack-bar. Contudo e, onde se verifica mais o uso dessa definição, é nas afamadas “Festas Trance”. Como ex-adepto da modalidade, sinto-me actualmente envolvido numa nuvem de solicitações e manifestos que revelo não entender. As manifestações sociais de celebração do trance psicadélico iniciaram-se no fim dos anos 1980 em Israel a partir do Goa trance. “Este estilo tem uma batida rápida, entre 135 e 165 batidas por minuto (bpm), além da batida forte de kick, num compasso 4x4, que algumas vezes difere da batida do techno por ter um alcance de freqüência um pouco mais alto além dos sons graves. O Goa trance original geralmente era feito com sintetizadores modulares e samplers de hardware, mas a preferência no trance psicodélico se direcionou para a manipulação de samples e armazenamento em programas de sampleamento VST e AU. O uso de sintetizadores analógicos para a síntese sonora deu lugar aos instrumentos "analógicos virtuais" digitais como o Nord Lead, Access Virus, Korg MS-2000, Roland JP-8000 e os plugins de computador VST e AU como o Native Instruments Reaktor. Esses geralmente controlados por um sequenciador MIDI dentro de um programa de Digital Audio Workstation (DAW). O trance psicadélico é frequentemente tocado em festivais ao ar livre (longe de grandes centros urbanos), que podem durar vários dias, com a música tocando 24 horas por dia.” (Fonte: WIKIPÉDIA) ERA… Agora fazem as tais coisas chamadas “festas” em garagens, bares, discotecas e até em pequenos cafés rurais. Começa por aqui e, na minha sincera opinião, a deturpação de todo o fundamento das raízes da celebração do trance psicadélico. Isto, aliado ao excessivo consumo de drogas, do qual resulta o deprimente e triste deambular de corpos desesperados e, à utilização destes eventos como “mercados municipais” de venda de droga, retira todo o interesse a estas formas de diversão. Aliás, retira delas toda a pertinência e ligação ao termo “Festa”. No dicionário da língua portuguesa, a palavra “Festa” está associada a uma solenidade comemorativa destinada a pessoas ou facto importantes. Para mim e, relembrando-me do que me fez desistir de comparecer nestes locais, não tem nada deste significado. Atrevo-me até a dar-lhe outro significado: Decadência. Desabafo deste modo, não querendo generalizar. Sei e reconheço que ainda existem pessoas que vivem o espírito Trance na sua plenitude. Conheço-as. A essas (que não são aqueles jovens que se proclamam hippies com telemóveis topo de gama no bolso) revelo a minha admiração. Aos outros (adolescentes mentalmente perdidos e arrastados por modas degradantes) agradeço-lhes por me terem feito desistir de ir a locais que se transformaram em algo tão deprimente.
“As opiniões são como as vaginas. Quem tem a sua, dá-a se quiser!” Mesmo sabendo que firo algumas susceptibilidades, dou a minha.
“As opiniões são como as vaginas. Quem tem a sua, dá-a se quiser!” Mesmo sabendo que firo algumas susceptibilidades, dou a minha.
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