sábado, setembro 30, 2006

A Voz do Povo

Remando contra uma maré de citações que vejo frequentemente retiradas da imprensa e coladas na blogosfera,tomo a liberdade de divulgar excertos marcantes e que são inexplicavelmente ostracizados:

"Carina e Joana, em privado. Local discreto. Bom estacionamento(...)"

" Felinas Portuguesas no cio! Jovens e simpáticas realizam fantasias em ninho acolhedor e discreto. Bom estacionamento. Também hotéis. Das 14h às 3.00 da manhã(...)"

" Joana, loira e gostosa só para ti, atende em privado com máxima higiene(...)"

"Olá! Vem aproveitar, um pouco do teu dia e sentires que afinal tens valor. Portuguesa Ribatejana espera por ti. Completo... Dominação... Sem pressas. Tudo nas calminhas(...)"

a propósito de Arrojos



Desconhecia por completo a pessoa que é Pedro Arroja mas, sendo a mais recente aquisição do Blasfémias, por estes dias transformou-se na personagem mais discutida na blogosfera cá do burgo.


Após uma curiosa busca de informação, simplesmente para também ter voto na matéria (e os meus não os vendo), deliciei-me com esta entrevista realizada por Fernanda Câncio para a "Grande Reportagem" em meados de 93/94.

sexta-feira, setembro 29, 2006

passada a laser


Mona Lisa by Banksy


Afinal estava... grávida!

for tonight...


The Dresden Dolls

quinta-feira, setembro 28, 2006

escrileituras no TAGV


Já me tinha alimentado aos poucos em locais próximos,
agora foi Osvaldo Manuel Ribeiro, profícuo falante,
a deliciar-me um pouco mais com Adília Lopes.



Biografia de Adília Lopes

"Os meus gatos gostam de brincar
com as minhas baratas."

5:55








i saw a little girl
i stopped and smiled at her
she screamed and ran away
it happens to me more and more these days

Prometeu 06


ESTREIA HOJE


A partir de Ésquilo, Kafka e Heiner Müller,
com encenação e interpretação de António Jorge,
música original de António Andrade
e vídeo de Paulo Côrte-Real.
Oficina Municipal do Teatro,
de 28 de Setembro a 21 de Outubro,
de terça a sábado,
às 21.30h.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Ofício de Amar


Emil Schildt

Já não necessito de ti
Tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
Tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio
De outras galáxias, e o remorso.....

.....um dia pressenti a música estelar das pedras
abandonei-me ao silêncio.....
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas

ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade do meu próprio corpo.

Al Berto

sguardi verniciati


Elliott Erwitt

for tonight...


Portishead
Roseland NYC Live

segunda-feira, setembro 25, 2006

raio(s) de imprensa


"Um quarto dos portugueses preferiam ser espanhóis."

in SOL, 23/09/2006

Photo: Jean-Baptiste Mondino



"Eu não amo corpos, amo mentes."

Simone de Beauvoir

Photography : Frédéric Vissault


e no fundo, no fundo
é para isto...

sábado, setembro 23, 2006

For tonight - "Casei com a minha irmã"

Eurico Cebolo
Excerto da obra "Casei com a minha irmã":
"[Maria Alice] embrenhada nestes tristes pensamentos, e sem saber que rumo dar à vida, nem se apercebeu que um indivíduo com todo o aspecto de marginal se sentara no mesmo banco que ela ocupava e a mirava, descaradamente. Receosa, olhou de soslaio tentando descortinar as intenções do homem; este, como se lesse o seu pensamento, logo lhe tirou qualquer dúvida com as palavras que lhe dirigiu:
- Olá, pombinha! Esperavas alguém que te fizesse companhia? Tens sorte, já que eu ando à procura duma chavala que queira curtir comigo. Manjei logo que és boazona e se quiseres alinhar numas curvas não te arrependerás porque eu sou capaz de dar a volta ao capacete à mais pintada - falando assim o tunante foi-se aproximando até se encostar a ela.
A rapariga, cheia de medo por aquilo que escutara e pelo mau aspecto do rapaz, fez menção de levantar-se suplicando:
- Por favor, deixe-me em paz. Engana-se no que pensa de mim. Sou uma moça séria a quem a desgraça bateu à porta.
- Ora, minha linda, sem tangas; dizeis sempre isso, mas andais sempre todas ao mesmo; eu já topo o vosso paleio - e o vadiola pôs-lhe um braço pelos ombros.
Revoltada, ela pregou-lhe um safanão e aproveitando o seu desequilíbrio correu para fora do jardim. Olhou para trás, e vendo que ele não desistia de a perseguir, na ânsia de lhe escapar, imprudentemente, tentou atravessar a rua. Em tão má hora que foi colhida por um automóvel que circulava a grande velocidade. Ouviu-se uma travagem brusca acompanhada de estridente chiadeira de pneus. Tudo em vão e num ápice, já que o condutor não conseguiu evitar o acidente. O choque deu-se com muita violência. O corpo da desditosa criatura, projectado alguns metros pelo ar, estatelou-se no outro lado da larga via..."
Para mais "Ceboladas":

quinta-feira, setembro 21, 2006

You are my bones

You are my down you are my up

You are my last you are my first

(...)

You see green when i see grey

So move with me

e-mails matinais


tentação ou informação?

emoldurar vidas


Max Ernst

foto: Alberto Monteiro


Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinicius de Moraes

segunda-feira, setembro 18, 2006

Onde está Marques Mendes?

In www.sapo.pt - 06/09/18

amén


Dimitri Shostakovich

"O autor já está morto há bastantes anos, mas a sua obra ainda incomoda o suficiente para ser censurada. O bailado Balda, de Dimitri Shostakovich (inspirado num poema de Pushkin) foi censurado pela Ópera russa de Syktyvkar, que cedeu às pressões da diocese local que a considera anticlerical."


in actual, 16/09/2006

sábado, setembro 16, 2006

estes terroristas inventam tudo...


«... na cultura popular americana vingam livros como "State of Fear", o último de Michael Crichton, que apresenta o discurso sobre as alterações climáticas como uma arma de grupos terroristas (conta a revista "New Yorker" que Bush leu o livro e gostou tanto que convidou Crichton para a Casa Branca, para partilhar ideias).»


in Y, 15/9/2006

Ontem o auditório da FNAC esteve
repleto para aplaudir
o ZéZito.


E o ZéZito esteve em grande na apresentação
do seu novo disco "Baladas da minha vida" prometendo,
inclusive, um "Baladas da minha vida II".
José Cid - A Pouco e Pouco

Não resisti,e divulgo:as velhas favas com chouriço de Cid!

sexta-feira, setembro 15, 2006

LCD Soundsystem - Daft Punk Is Playing At My House (Live)

Tributo a "badalada" predilecta!

quarta-feira, setembro 13, 2006

OK Go

let's dance


somebody knows who is this?

(...)

for my eyes of soul...


Rene Magritte
The Lovers

for tonight...


The Kills
Keep on Your Mean Side

terça-feira, setembro 12, 2006

11 de Setembro


Michael Moore by Richard Avedon

domingo, setembro 10, 2006

The B-52's: World's Greatest Party Band

Mr Oizo

Remember "Flatbeat"?

sábado, setembro 09, 2006

Morphine - Buena

I Love it como o caraças!

sexta-feira, setembro 08, 2006

Canção para a minha filha Isabel adormecer quando tiver medo do escuro

foto: Elliott Erwitt


Nem sombra nem luz
nem sopro de estrela
nem corpinhos nus
de anjos à janela
nem asas de pombos
nem algas no fundo
nem olhos redondos
espantados do mundo
nem vozes na ilha
nem chuva lá fora
dorme minha filha
que eu não vou embora


António Lobo Antunes

"A biá, bá?"


comigo vai sempre


parabéns!

for tonight...


Dexter Gordon
Our Man In Paris

quarta-feira, setembro 06, 2006

Fanfare Ciocarlia (Roménia)


Fanfare Ciocarlia
Jardins do Palácio de Cristal (Porto)
07 de Setembro de 2006
22:30

A arte consiste em tocar “de ouvido”, passando de geração em geração esta música agrafa, sem pautas. Fanfare Ciocarlia trabalha a sua música com um inacreditável talento para os ritmos intrincados e alucinantes. Desde a música tradicional, até as melodias entre Bollywood e Hollywood a Fanfare tudo encara como uma arte, sem nunca perder a sua ancestralidade. Por isso é tão normal a esta banda, num dia, tocar num casamento de aldeia, noutro partir para o Japão, vivendo e dando a descobrir a tradição da sua música a um mundo faminto por viver esta atmosfera contagiante da música dos Balcãs.




ontem nutriram memórias de adolescência feliz

Avante 2006

dançar a Carvalhesa

é arrepio

é alegria

Taraf de Haïdouks


As ancestrais tradições musicais dos ciganos «lautari» da Roménia são levadas através das performances dos Taraf de Haïdouks, uma banda composta por doze instrumentistas e cantores entre vinte e setenta anos de idade. O confronto entre gerações (a dos 70/80 anos e dos 20/30 anos) provoca a dualidade entre a balada cantada e sentida com a mesma mágoa do blues e as composições instrumentais tocadas a todo o gás, como se o pendular pendulasse (a cerca de 300 km/h). De acordo com David Harrington dos Kronos Quartet, Taraf de Haïdouks "transportam os seus ouvintes à essência da música, aquele sítio onde o arco encontra as cordas e a acção se desenrola".



O seu nome advém dos Haïdouks, ladrões Robin Hoodescos, que são constantemente cantados mas suas baladas, invocações de uma pequena vila romena de seu nome Clejani. Todo o seu tecnicismo e improviso põe à prova a capacidade de criar empatia em qualquer palco do mundo. Sente-se que a TARAF DE HAÏDOUKS precisa do calor do público para entrar em combustão e dar toda a energia e virtuosismo selvagem que têm e não têm.


Além da capacidade que eles possuem de tocar todo o dia e toda a noite, os treze elementos funcionam como uma equipa bem oleada, sem estrelas, cujo cúmulo da coesão é conseguirem mudar de contra-baixista a meio de uma composição, sem prejuízo para o espectáculo. Na Festa do Avante 2006 apresentaram um espectáculo embebido em ritmo e alegria que contagiou todos os espectadores.

Avante


Nenhum prémio, por maior,
vale as dores da liberdade.
Siga o seu próprio pendor
quem de segui-lo se agrade.
Ninguém chore um bem perdido.
Há muitos bens por achar.
Sonhos ocos de sentido
porque havemos de os sonhar?
A liberdade não é
de se dar, mas de tomar-se.
Liberdade que se dê
é apenas um disfarce.

O Poeta Perguntador
de
ARMINDO RODRIGUES

"(...) Devemos admirar os políticos, pessoas frequentemente bem formadas que aceitam transformar-se em aldrabões para se porem ao serviço do povo"

Manuel António Pina,
a propósito das declarações de Freitas do Amaral sobre
a passagem de aviões da CIA por Portugal, "Jornal de Notícias", 06-09-2006
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